quinta-feira, 13 de maio de 2010

Algumas dicas para o Júnior...

Caro Júnior, (sim, ontem você novamente foi muito mais Júnior do que Dorival), serei breve. Eu não tenho a sua vivência no futebol, não ganho um décimo do que você ganha mas, como santista, não quero ser omisso e te darei algumas dicas:


• o Santos não sabe jogar para trás.

• o Santos não precisa de volantes quando está ganhando.

• o Santos não sabe jogar como os times pequenos que você estava acostumado a dirigir. O Santos é maior, aliás, o Santos é enorme.

• A culpa da derrota de ontem não foi do Mancha, foi SUA.

• Todos os técnicos, excluindo o Dunga, gostariam de estar no seu lugar e ter a oportunidade de dirigir esse time. Pense nisso na hora das substituições.

• É a segunda lição que você recebeu, a primeira foi contra o Santo André, espero (para o bem do meu coração) que não precise de uma terceira.


E para terminar, peço encarecidamente que você pare de atrapalhar os meninos. No jogo de volta contra o Grêmio, se você não inventar e não tiver medo de ser feliz, temos total capacidade de ganhar de uns 3x0 fácil. Portanto não invente. Não queira aparecer mais do que os jogadores. Sim, é difícil de acreditar, mas com esse time nas mãos é muito fácil ser campeão. Acredite nisso pelo amor de Deus! 


Enfim, não queira entrar para a história do Santos como sendo o técnico que perdeu a Copa do Brasil mais fácil de ser vencida.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Obrigado Dunga!

Ontem recebemos com alegria a já previsível convocação do Dunga, e venho por meio deste, agradecê-lo publicamente.

Agradecer pela sua coerência. Coerência única, contrária a maioria da população brasileira, incoerente, que clamava por nossos jovens craques na seleção.

Sua teimosia enfim valeu de alguma coisa. Por que se arriscar e levar o Neymar e o Ganso? Não. Estamos muito mais seguros com um time recheado de volantes. Não importa se reservas ou não em seus clubes, na seleção da coerência eles são "imexíveis" (como dizia o nosso antigo ministro).

O futebol burocrático mais uma vez venceu a alegria. As botinadas prevaleceram sobre os dribles. Os brucutus venceram os artistas. Dunga nos mostrou que para jogar futebol você não precisa ser craque. Basta saber se impor. Basta ter tamanho e saber bater.

Ótimo. Dessa forma Dunga nos ajudou a ter por mais tempo no Santos nossos craques. Quem sabe dessa forma eles não apareçam tanto nos jornais e programas de tv (esportivos ou não) do mundo todo. Quem sabe eles sejam menos assediados. Quem sabe Dunga, além de coerente e único conhecedor de futebol, não seja também um grande mágico. Um "Houdini" dos gramados, que saiba esconder valores e grandes jogadores para que dessa forma eles permaneçam por mais tempo em solos brasileiros, e, consequentemente, vestindo a camisa do meu Santos.

Você conseguiu derrubar de vez o mito que a "seleção é a pátria de chuteiras", afinal de contas essa não é e nem nunca foi a sonhada seleção do povo brasileiro. Mas isso não importa. O que importa é que o nosso Santos não ficará desfalcado de seus craques. Aliás, se me permite, o Sandro (volante do inter e na lista de reservas) caberia melhor no lugar do Robinho, mas tudo bem.

Enfim, muito obrigado de coração professor Dunga e acima de tudo muito boa sorte!

assinado: Um Santista Egoísta.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mais uma fábula sobre o Reino Abençoado

E chegou o dia da coroação. Depois de alguns anos vivendo nas sombras, em meio a um terrível inverno, onde as únicas glórias haviam sido conquistadas por bravas guerreiras, o Reino Abençoado enfim renasceu. 


A mudança começou logo no início do ano quando seus súditos depuseram o antigo rei e organizaram uma grande revolução. Ali, os primeiros sinais de renovação foram dados. O Reino voltava à suas origens. Buscava dentro de seus campos de batalhas jovens guerreiros e não aceitava mais mercenários, vindos sabe Deus de onde, para lutar por dinheiro pela sua bandeira. Não, ali não havia mais espaço para isso. Um antigo Messias, injustiçado anos atrás voltava ao Reino trazendo consigo a promessa de vitórias. Junto dele o novo Rei conseguiu a volta de um grande guerreiro que até então vivia em crise no antigo continente. Esse guerreiro havia saído do Reino de uma maneira não muito digna e voltava para se retratar. Voltava para reviver os dias de glória que ele mesmo ajudou a conquistar anos atrás.


A tradição de também revelar heróis foi retomada. E como aqueles solos eram abençoados. Mais uma leva, ainda encarada com desconfiança e como promesssa, tomava a frente das batalhas. E que batalhas! Épicas, no sentido mais literal da palavra.


Os meninos guerreiros, chefiados por um comandante audaz não tomavam conhecimento de seus adverários. Arrasavam, lutavam com garra, com força, com fé. Mesmo as batalhas contra grandes reinos eram vencidas de forma única. Ímpar. Todos os impérios iam caindo, um a um diante dos meninos guerreiros. 


Alguns invejosos e pérfidos adversários começaram a falar de soberba. Criticavam. Era o desespero que se mostrava cada vez mais nítido no rosto de todos que enfrentavam uma batalha contra o Reino Abençoado. Enquanto isso o mundo se admirava e aplaudia de pé a força desses jovens heróis. Os meninos, vistos antes como meras promessas, passaram a mostrar todo o seu valor. Era impossível não assisti-los. Todos se rendiam a sua classe, habilidade, força e alegria. Lutavam e encantavam, e acima de tudo venciam.


Enfim, a batalha final chegou. Todos davam como certa a vitória dos jovens guerreiros. Mas ali, naquele Reino, nada era fácil. Duas batalhas para definir a conquista de uma guerra. Duas batalhas para coroar uma sequência incrível de vitórias, de números e estatísticas impressionantes.


Muito mais que guerreiros, os meninos se tornaram homens. Fizeram e resgataram a história de glórias do Reino Abençoado e mais uma vez venceram. Muitas baixas, muito sofrimento e dor, mas o destino de bravos heróis não poderia ser outro. A justiça se fez com os melhores. Com os puros de coração. Com os que preferiram lutar ao invés de falar. No final, mais uma vez o bem venceu. A arte e a magia das lutas foi coroada com a vitória. Com o título. Digam o que quiserem. Os meninos hoje são homens. São os melhores do Estado. 


E no alambrado do campo de batalha do Pacaembú as lágrimas escorreram mais uma vez de alegria. De orgulho. De agradecimento por fazer parte desse Abençoado Reino. Muito mais do que campeões, ontem ficou provado que somos grandes guerreiros, vencedores e estamos preparados para qualquer batalha. 


Aos dois dias de maio, do ano de 2010, o Reino Abençoado voltou a ser o melhor. Voltou a ser o campeão!