quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um pedido de Natal...

Caro Papai Noel,

faz algum tempo que eu não te escrevo. Aliás, MUITO tempo, eu sei disso. Na época em que conversávamos ainda eram usadas as cartas ao invés dos emails… Os tempos mudaram Papai Noel, e muito…

Sei que, depois que cresci, fiquei “um pouco” descrente em relação a sua pessoa. Não vou ser hipócrita e mentiroso, realmente deixei de acreditar na sua existência, e peço desculpas por isso, mas acho que chegou o momento certo para o senhor me mostrar o quanto eu estive errado por todos esses anos.

Eu me comportei muito bem em 2011 Papai Noel. O senhor sabe que nunca fui de “cornetar”, e, este ano menos ainda, quase não reclamei. Tudo bem, sejamos sinceros, uma vez ou outra, no início da Libertadores, reclamei do Possebon e das invenções do Adílson. Eu sei, eu sei, critiquei um pouco os gols perdidos pelo Zé Love também, mas o senhor há de convir comigo Papai Noel, não dava para aguentar aquilo em silêncio. Ele perdeu cada gol que o senhor, com essa barriga e o saco nas costas, não perderia.

O senhor pode argumentar que não tínhamos muito do que reclamar esse ano, aliás, nos últimos anos eu concordo, vivemos em estado de graça, mas fui um cara tão legal e tão bom, que pouco tirei sarro dos meus amigos que torcem por outros times. Claro que uma piadinha ou outra é saudável e faz parte do jogo, mesmo porque torcer para um time que consegue ser eliminado na pré-libertadores por um “apanhado” da Colômbia, merecia o ano inteiro de piadas, mas eu fui contido Papai Noel, e tudo isso porque eu tinha certeza da onde nós chegaríamos…

…e chegamos.

Sexta-feira agora eu embarco para o Japão em busca da nossa tão sonhada terceira estrela. Isso por si só já é um sonho realizado, mas o senhor sabe Papai Noel que nós, santistas, sempre queremos mais. Estamos acostumados com o melhor, e o melhor, só pode ser o título. A consagração de uma geração vencedora. O reconhecimento do mundo de que o Brasil e, principalmente o Santos Futebol Clube, continua sendo o maior celeiro de craques do mundo.

O senhor nunca me decepcionou Papai Noel, e tenho certeza de que não vai ser agora que o senhor vai me decepcionar, mesmo porque posso ser até um pouco “agnóstico” em relação a sua existência, mas no Santos Futebol Clube eu nunca deixei de acreditar.

Eu e toda a torcida santista espalhada pelo Brasil e pelo mundo contamos com o senhor Papai Noel. Prove para todos nós que o senhor realmente existe!

Muito obrigado,

Gustavo.



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vale a pena ir ao Japão?



No fim de semana enfim consegui pegar o meu visto para o Japão. Venho sido questionado por muitos torcedores santistas se vale a pena ir pra tão longe para ver o Santos, ainda mais nessa fase inconstante em que o time se encontra e tendo como provável adversário na final do torneio o “imbatível” Barcelona.

Ouvir isso de torcedores de outros times seria até normal, agora de torcedores santistas me surpreende.

Eu nasci em 1977, e graças ao meu pai, me tornei sócio do Santos logo cedo, frequentando sempre a Vila Belmiro ao seu lado. Vivi a minha adolescência nos anos 90, talvez a pior década para o Clube como um todo. Faltavam títulos, estrutura, planejamento…

Em 1995 enfim a aparição de um “novo Messias”, o resgate de nosso orgulho com Giovanni e, novamente a derrota, não para o Botafogo, mas para o Senhor Marcio Rezande de Freitas.

Eu vi o Santos levar de 6×0 contra o Palmeiras na Vila. Eu vi o Santos levar de 7×1 no Pacaembú…

Veio o novo século e junto com ele os títulos brasileiros e o renascimento do nosso Santos. Hoje eu tenho a certeza de que o time e os gramados da Vila Belmiro são abençoados e diferenciados. Sim, porque neles voltaram a nascer os maiores craques do futebol mundial.

E agora ainda me perguntam se vale a pena ir para tão longe?

Para a disputa ficar ainda mais interessante, os deuses do futebol compensaram um erro cronológico (quando deixaram Pelé e Maradona em épocas distintas) e colocaram novamente, frente a frente, um brasileiro e um argentino: Neymar e Messi.

Como deixar de ir para o Japão?

Para ver o Santos eu iria para qualquer lugar. E vou porque eu acredito. Porque vi o nosso pior momento e tenho certeza de que ele passou.

Vou pelo meu pai, que sempre acreditou, até nos momentos mais difíceis que passamos e hoje, por motivos de saúde, não poderá estar lá comigo. Vou pela minha filha, que por ter apenas 1 ano e meio de idade, ainda não entende a grandeza que é ser torcedora do Santos, mas que desde os 17 dias de vida já é sócia do Clube.

Vou por todos aqueles que não tem a oportunidade que eu estou tendo. Talvez ela seja única na minha vida, talvez não, mas com certeza será especial como é especial cada jogo do Santos.

Independente do adversário vou para ver o meu time. Como fui para Salvador na final da Copa do Brasil, como tentei ir para o Uruguai na final da Libertadores e acabei impedido por um vulcão.

Vou para ver mais um título. Sou muito mais a rica história santista do que o rico dinheiro catalão. Sou muito mais Pelé que Maradona. Sou muito mais Neymar que Messi. Sou muito mais Brasil que Argentina ou Espanha, mas acima de tudo, sou e sempre serei muito mais Santos Futebol Clube.

(ilustração do GLobo.com)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PJ 20 anos...

Ontem tive a oportunidade de ver o documentário comemorativo aos 20 anos de carreira sobre o Pearl Jam, uma das bandas que eu mais gosto.

Durante as quase duas horas do filme me senti como se assistisse a um filme sobre a minha vida. Cada imagem, ou boa parte delas, me trazia a lembrança de algum momento bom que eu tive. Cada música então parecia fazer com que eu fosse transportado no tempo, de volta para os anos 90...

E como foi gostosa essa época...

Os ensaios do saudoso Cursed Clown, as bermudas xadrez, as "camisas de velho" e a insistência em se auto-afirmar um rockeiro e não um grunge. O Universitas, as aulas de inglês a tarde, no CCBEU, o ônibus 10, 17, 80, e até mesmo o 29, que eu nunca peguei, mas que a maioria dos meus amigos pegava...

Lembrei do início da bohêmia no Presidente e no Surf Dog, das reuniões sempre na casa de alguém com direito a discussões sobre quem era o melhor guitarrista, o melhor vocal...

As primeiras namoradas, a mudança da fase infantil para a fase adulta, a perda da inocência...

tudo isso sempre acompanhado por uma trilha sonora em que o Pearl Jam, dentre muitas outras bandas, era uma cosntante. Uma unanimidade que não era burra.

Ontem, 20 anos mais velho, percebi através de sons e imagens como o mundo mudou, como as pessoas mudam, crescem, envelhecem... Para algumas pessoas, de muita, muita sorte, essas mudanças acontecem ao lado de pessoas que estiveram juntas de vc por todo esse tempo, dividindo os medos, as alegrias, as conquistas, as frustrações e os aprendizados que a vida nos impõe.

Ontem, 20 anos mais velho, percebi que sou uma dessas pessoas. De sorte. Tive a oportunidade de ver todas as mudanças ao lado de grandes amigos e ontem, mais uma vez, tive a certeza que apesar de todas as mudanças a verdadeira amizade não muda, ela simplesmente evolui. A amizade é a única a vencer o tempo, a distância, e a maior prova disso são os 3 caras que estavam comigo no cinema, assistindo ao filme e depois tirando conclusões, como há 20 anos atrás.

Oh I, I'm still Alive!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

É tudo ou nada.

Por maior que seja a sala, as paredes parecem cada vez mais próximas de mim. A falta de ar é intensa.


Por mais que eu corra e tente fugir, tudo isso só aumenta o meu cansaço e não me leve a lugar nenhum, a não ser, aquele lugar que eu já conheço e que de nada muda o meu estado de desespero.


Até quando eu vou suportar tudo isso? Até quando eu terei folêgo para lutar em uma batalha desigual?


A minha vontade se rende ao desânimo, e tudo é camuflado em sorrisos mentirosos.


Eu não sou o que demonstro ser.


Eu estou perdido em meio as oportunidades, todas elas me rodeando, me cutucando, e fugindo de mim com uma velocidade impressionante.


Eu tenho tudo o que não preciso e me acostumei a ter.


Nesses momentos eu me apego ao que eu amo, ao que eu acredito e ao que me dá prazer. É tudo. Ou nada.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Carta aberta a Rogério Ceni

Caro Rogério Ceni, eu teria tudo para te invejar.


Não te invejar, no sentido ruim da palavra, mas ter aquela "inveja branca" que o pessoal fala (se é que existe essa tal "inveja boa").


O que você conquistou no futebol vai ser dificílimo algum outro ser humano conquistar, ainda mais em se tratando de um goleiro... Até os dias de hoje foram mais de 100 gols convertidos quando a sua principal função é evitá-los! És diferenciado realmente... Isso sem falar em títulos: paulistas, brasileiros, libertadores, mundiais, enfim, a sua carreira, se encerrada hoje, já te colocaria como um verdadeiro mito do futebol mundial. Você ganhou tudo o que tinha para ganhar, venceu todos os desafios que foram impostos à sua pessoa, superou obstáculos e se consagrou, por merecimento. Nada, absolutamente nada disso que você teve até hoje veio de graça, e o Brasil inteiro é testemunha disso. Você mereceu e merece, tudo isso.


É Rogério, você seria sim, digno de inveja, mas para mim, não é.


Hoje, no final de sua carreira, você demonstra com suas descabidas declarações (concedidas apenas após as vitórias, diga-se de passagem) de que realmente faltou uma conquista na sua vida. Talvez a mais difícil de todas. Talvez uma conquista que você nem se dê conta de que não tem. Talvez ela não te faça falta, mas talvez, graças a ela, você não tenha se tornado realmente um ídolo maior. Um ídolo completo, ou simplesmente, um ídolo, no sentido mais literal da palavra.


A humildade Rogério.


Sim, eu sei, é difícil ser humilde quando se é muito bom, mas aqueles que são muito bons só se tornam melhores quando têm humildade, vide o Pelé por exemplo, o maior de todos, em todos os tempos.


Depois das suas últimas declarações sobre o Neymar, sinceramente Rogério, eu tive a certeza de que você tem uma grande mágoa. Talvez aquele pênalti, aquela "paradinha", da qual você sempre se utilizou e acabou sendo vítima... Afirmar, de forma irresponsável, que o melhor jogador em atuação no país simula metade das faltas que recebe é, na minha humilde opinião, no mínimo, falta de ética com um colega de profissão. Imagine se, no começo de sua carreira, algum grande jogador dissesse, para quem quisesse ouvir, que você se adiantava na metade dos penaltis que defendia? Ou que fizesse "cera" na metade das suas contusões?


O Neymar é apenas um menino Rogério, e claro, você não é obrigado a gostar dele, ninguém é. Sim, ele errou muito, ainda erra às vezes, muitas vezes até, mas eu tenho certeza que já ouvi a palavra "desculpa" muito mais vezes da boca dele, com 19 anos, do que da sua, com quase 40. Ele está aprendendo. Pelo menos tentando e se esforçando, e seu carisma já ultrapassa os limites do clube que ele defende. O seu, infelizmente, nunca saiu do Morumbi.


Ah esse seu ego Rogério...


... ah se você tivesse humildade.


Com certeza o meu sentimento em relação a você seria o de admiração, talvez até o de inveja. Mas hoje, infelizmente, o meu sentimento é de pena.


http://www.youtube.com/watch?v=oK9ieBWvgHo


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Momentos

Um momento, uma noite, dois corpos transformados em um.

Nada poderia separá-los. A junção era perfeita, matemática, milimétrica. A cumplicidade era única, sincera e indivisível. Eternizar aquele momento seria o prêmio mais justo e merecido por tamanha entrega.

O sentimento se confundia com a necessidade do "se ter". A vontade era maior do que tudo.

Prazer, muito prazer.

Um suspiro era recompensado com um arrepio, daqueles que nem uma final de campeonato podem causar no torcedor mais fanático. Um calafrio, uma gota de suor que vale muito mais do que um romance de mil páginas.

Olhos, bocas, simetria.

Ali, naquele momento, o mundo havia estacionado para assistir de camarote o significado mais literal da palavra amor. Pecado? Um sentimento tão profundo não seria digno de ter que ser confessado e por ele, se receber uma penitência.

Minutos que valiam por duas vidas inteiras. Segundos vividos como anos. Algumas horas especiais, inesquecíveis.

Intensidade. Loucura. Paixão. Do que mais é preciso para se viver?



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Épico!

Épico!

Essa foi a única palavra que achei para definir mais ou menos o que assisti ontem.

Por motivos de força maior e depois da ressaca da Libertadores, esse jogo foi o primeiro que consegui ver "in loco" na nossa casa, e com certeza valeu cada km da descida para Santos.

Óbvio que não poderia existir melhor palco para esse espetáculo: a Vila famosa, o estádio mais romântico e o maior celeiro de craques do mundo. Depois de ontem tive a certeza de que a nossa terceira estrela vem em questão de meses (5 meses, mais precisamente).

Os céticos e pessimistas, aqueles que com certeza, na primeira fase da Libertadores, davam como certa nossa eliminação contra o Cerro, já começaram a bradar contra tudo e contra todos, sem se dar conta (ainda, acreditem!!!!) da grandeza e do que é o SANTOS FUTEBOL CLUBE.

Perder faz parte do jogo, ainda mais em um jogo como o de ontem, aberto e bonito. As falhas serão claramente corrigidas e ao invés de crucificar os erros, deveríamos aprender a exaltar os acertos! Eu prefiro guardar em minha memória o gol antológico que o Neymar fez ao invés do penalti que o Elano errou, mesmo porque os erros sempre vão acontecer, nas vitórias e nas derrotas, caso contrário não haveria vencedor em nenhum jogo e o futebol não seria apaixonante como é.

Somos o melhor time das Américas e com certeza seremos o melhor time do mundo. Mas ainda assim perderemos, vez ou outra, algum jogo, de forma merecida ou não. Aprenda isso e aproveite o momento e a dádiva que nos é dada de ver o maravilhoso SANTOS FUTEBOL CLUBE jogar.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sem título...

às vezes eu paro

vislumbro o nada,

me reparo.


Não há nada além dos meus pensamentos,

lentos. Desejos estáticos,

minha vontade alarde.


às vezes sonho acordado

reconstruo, destruo

ou simplesmente mudo.

Tudo.


Ou nada, me desmonto

entristeço, sorrio

me viro do avesso.


Volto a realidade,

dura, concreta,

paradoxal e incerta.


Foram alguns segundos

que pareceram algumas horas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Carta aberta ao Santos Futebol Clube

Depois de tanto tempo eu, ainda emocionado, queria agradecer (em público) ao Santos Futebol Clube e a sua maravilhosa torcida por me proporcionarem uma noite histórica.


Em todos os meus 70 anos de vida (quase 71), eu NUNCA tinha visto uma festa tão bonita e vivido uma emoção tão forte, pura e sincera quanto a de ontem. Nem na despedida do Ronaldo há alguns dias atrás, ou na Copa do Mundo de 1950 eu vi algo parecido, e olha que na Copa de 1950 eu vi 6 jogos, inclusive um empate do Brasil.

Você pode estar achando exagero da minha parte, mas eu estou muito acostumado a decisões. Libertadores mesmo, foram 3! Em 1961, quando esse mesmo Peñarol venceu o Palmeiras, depois em 1968 quando novamente o Palmeiras perdeu para o Estudiantes da Argentina e a última vez tinha sido em 2002, quando o São Caetano perdeu um título certo para o Olímpia do Paraguai. Eu andava envergonhado pelos times brasileiros em torneios internacionais, confesso. Mesmo porque, quem eu mais vejo jogar por aqui é um time que não me inspira a menor confiança. Coitados. O título mais importante deles que eu vi foi um acesso da série B do Brasileiro para a série A (se é que isso pode ser chamado de “título” e de “importante”).


Enfim, quis o destino que eu fosse o escolhido para presenciar a épica partida de ontem. O time do Santos, por si só, já me traz confiança, alegria, é o maior representante do futebol brasileiro, sempre foi e sempre será! Eu já vi cada espetáculo proporcionado por essa camisa que fica até difícil escolher qual foi o jogo mais bonito, mas isso vale até o dia de ontem. Desde aquele título “perdido” em 1995 para o sr. Márcio Rezende de Freitas eu queria e torcia muito para ver o Santos enfim vencer um título marcante na sua rica história. (Não vamos falar dos paulistas, isso eu tenho visto sempre).


O “mar branco” que eu presenciei ontem com certeza entrou para a minha história. Vai ser difícil alguma outra agremiação proporcionar uma alegria tão grande para mim. Só mesmo o time do rei do futebol, da rainha e maior revelador de craques do mundo poderia me proporcionar algo sim. O meu primeiro título internacional, e logo de cara, uma Libertadores da América.


Muito obrigado Santos Futebol Clube. Agora sim, mais do que nunca, entrei para a história mundial do futebol.


Assinado: Estádio do Pacaembu.




terça-feira, 14 de junho de 2011

Falta pouco...

É difícil conter a ansiedade, ainda mais faltando pouco mais de 24 horas para o jogo mais importante do Santos, desde aquela fatídica final em 2003, contra o Boca Juniors.

Nessa hora passa um pouco de tudo pela minha cabeça. Todo o "sofrimento" que vivi na década de 90, com times pouco competitivos. O jejum de títulos, os jogadores que não mereciam nunca ter vestido nossa camisa, os erros, as falhas cometidas dentro e fora de campo. Tudo isso contrastando com uma paixão que crescia exponencialmente de uma forma bela e inexeplicável, como é inexplicável e belo o futebol.

Na virada do século o Santos voltou a ser o Santos. Voltamos a revelar craques, a encantar o mundo com o nosso futebol. Voltamos a confundir nossa história com a história do esporte mais popular do mundo, mesmo porque sempre foi impossível falar de futebol sem se falar no Santos Futebol Clube.

E assim eu cresci, chegando hoje novamente ao topo, porque o topo sempre foi o nosso lugar. Somos diferenciados. Sempre fomos. Não temos o maior número de torcedores, mas com certeza temos os torcedores mais orgulhosos do mundo. Nascemos em uma cidade pequena e nos tornamos enormes, maiores que todos em algum momento específico e registrado na história do esporte. Imortalizamos nomes. "Mtificamos" homens. Isso, me desculpem, nenhum clube fez com mais frequência e maestria que o Santos Futebol Clube.

Amanhã a noite teremos novamente a oportunidade de começarmos a ser o melhor das Américas. Para nós, ao contrário de outras agremiações, essa chance não é única, mas não deixa de ser importante e maravilhosa.

A minha passagem para o Uruguai está reservada e o meu ingresso para o jogo guardado no armário. Se eu vou conseguir estar lá somente as cinzas do vulcão puyehue poderão dizer, mas isso é o que realmente menos importa, porque os pensamentos e o coração estão com o Santos desde o início dessa Libertadores, como sempre estiveram, nos piores e nos melhores momentos.

A confiança é plena e inabalável. É assim quando torcemos, ainda mais quando torcemos para o Santos.

Pra cima deles, sempre!



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nós merecemos!

É engraçado como tudo na vida é ponto de vista. Ao ouvir e ler os comentários de hoje, sobre o jogo do Santos de ontem, vejo e ouço coisas como "O Santos deu sorte", "Santos resiste a pressão", "Santos quebra 8 anos de tabu e volta a uma final de Libertadores" e por aí vai... Não sei se fico irritado ou se dou risada.


Na minha humilde opinião, ontem, o Santos fez a sua melhor partida pela Libertadores. Fizemos um gol logo no início do jogo e depois, graças ao medo do goleiro deles em ver o Neymar sozinho a sua frente, (jogada igual a da final do paulista, diga-se de passagem), fizemos o segundo gol.


Pronto. A partir daí o jogo já estava mais do que definido. O Cerro ainda achou um gol e na sequência Neymar decretou nossa classificação.


Fim do primeiro tempo, 1x3 pro Santos. Fácil. Tranquilo. Como deveria ser.


O segundo tempo começa e é óbvio, o time desesperado, mais fraco, que joga em casa e que precisa do resultado vem pra cima do Santos. Não poderia ser diferente.


O Santos simplesmente administrou o jogo. Empatou e se classificou. Poderíamos ainda ter tomado mais um gol que a classificação seria nossa. Então me pergunto: realmente demos sorte ou foi merecimento?


Eu respondo sem sombra de dúvida que foi merecimento.


E merecemos porque jogamos bola ao invés de pedras. A primeira virtude de um candidato a ser campeão é saber perder, coisa que nosso adversário de ontem demonstrou não saber. Depois de comentários racistas via rede sociais, ameaças e todas as outras táticas baixas mostradas pelo Cerro, sua torcida e jogadores, se classificou quem jogou bola, se classificou quem mereceu.


A imprensa brasileira deveria parar de valorizar tanto os nossos adversários e deveria olhar mais para dentro de casa, afinal de contas não vivem bradando aos quatro cantos que: "O Santos é o Brasil na Libertadores" ?


O Santos é MUITO e INFINITAMENTE maior que todos esses comentários. Que todas as desconfianças. Que todos os pessimismos. Temos camisa. Temos glórias. Temos tradição.


Digam o que quiserem, estamos preparados, rumo ao tri!


E aos que querem facilidade em torneios internacionais, disputem um "tornei de verão", esse qualquer um ganha, até aqueles que nunca ganharam nada fora do Brasil.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ode a noite

A noite sempre me atraiu mais que o dia.


Não que eu não goste do sol ou que o dia me faça mal, muito pelo contrário, mas a noite sempre exerceu sobre mim um fascínio diferente.


O silêncio da noite sempre me remeteu a introspecção, libertando os meus pensamentos e fazendo com que as minhas ideias voassem, vazando de dentro de mim e tomando forma, corpo.


Na noite eu me sinto muito mais solto, mais livre.


A noite é um convite para a produção, a lua e as estrelas servem como inspirações únicas neste ato, e só a noite elas aparecem.


Em nenhum período do dia me sinto mais criativo, me sinto mais meu, fazendo as coisas que realmente gosto e tenho prazer.


A calmaria que chega com a noite paradoxalmente me instiga, me excita e se não fosse pela pausa que o meu corpo necessita para encarar mais um dia, ela seria inteira minha e eu seria completo por ela.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Melhores do Estado de São Paulo neste milênio, mais uma vez fizemos história e pusemos ordem no futebol. Mostramos realmente quem manda.


Depois de nos tornarmos o único representante brasileiro na Libertadores, ratificamos enfim, nossa hegemonia nos últimos anos no campeonato estadual mas competitivo do Brasil.


Eu confesso que já estava cansado de ver os times pequenos passearem a torto e a direita pelos gramados a fora. Aqui em São Paulo, não poderíamos deixar que a "zebra" mais uma vez se "libertasse", como fez em 2009. Tinhamos que por obrigação resgatar o orgulho dos grandes. O verdadeiro futebol merecia voltar a ser vitorioso, e voltou.


Somos Bi campeões, como fomos em 2006 e 2007. E agora vem a Libertadores.


Confesso que não vejo nenhum time melhor que o nosso. Não vejo ninguém que possa nos desbancar no campeonato mais importante da América. É realmente muito difícil ser modesto quando se é santista. Fazer o quê? Entre sermos maloqueiros e sofredores, preferimos ser os melhores, questão de escolha, e nós, escolhemos a certa, graças a Deus!




segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dedicado a toda a minha família do Rio...

As vezes nos afastamos de quem gostamos... de pessoas que convivemos e que tinhamos a certeza "de que seria pra sempre".... por quê?

Essas pessoas são eternas... estão vivas em nossas memórias, são imortais enquanto nós também formos...

As vezes gostaria de voltar no tempo para não me afastar de algumas pessoas, para não deixar de viver certas sensações... mas... voltar no tempo é impossível e se afastar de algumas pessoas também.

A vida é um rio que segue o seu rumo, e nele nós navegamos sempre rumo ao incerto. As vezes deixamos pessoas importantes na margem desse rio, as vezes essas pessoas nos acompanham somente em nossos pensamentos, elas não foram esquecidas, apenas não estão mais tão presentes, pelo menos não em corpo, mas sempre estarão em espírito e lembranças, e pra ser bem sincero, isso é o que mais importa, porque se não foram esquecidas é porque foi sincero e será pra sempre.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A banana comendo o macaco

Não sei se sou eu, se é o tal do futebol moderno (que a cada dia me enoja mais), mas a conclusão que cheguei nessa última semana é que está tudo errado…


Depois do último jogo da Libertadores, contra o Colo Colo, vi a torcida santista cabisbaixa, apreensiva, preocupada. Isso porque, no final daquele jogo, acabamos perdendo 3 jogadores importantíssimos para a “decisão” de quinta contra o Cerro Porteño.


Por mais que seja um jogo de Libertadores, fora de casa, com alguns desfalques importantes, eu acho pertinente “lembrar” nossa torcida que se trata de um jogo contra o Cerro Porteño. Com certeza a grande maioria dos santistas não conhecem muito bem o time paraguaio, e cabe aqui algumas informações: o Cerro NUNCA ganhou uma Libertadores nem ao menos chegou a uma final do torneio. Aliás, a sua melhor colocação em um torneio internacional foi um 3º lugar em 2009 e na Copa Sul-americana. Hoje, esse “temido” time paraguaio se encontra na sétima colocação do “disputadíssimo” campeonato paraguaio, atrás de times “diferenciados” e “famosos” como o “Rubio Ñu” e o “Tacuary Futebol”. Aliás, o Cerro perdeu os últimos 4 jogos que disputou no campeonato paraguaio. Ainda falando do nosso adversário, eu desafio o leitor a citar, sem mecanismos de busca na internet, o nome de algum grande craque do Cerro, ou ao menos, o nome de 1 de seus 11 titulares que jogará contra o Santos.


Depois dessa breve “amostra” sobre quem realmente é o nosso adversário de quinta, eu volto a questionar, será que esse time é capaz de botar tanto medo assim em nós alvinegros? Eu não posso aceitar que nossa torcida desconfie tanto do Santos. Dentro das 4 linhas estamos anos-luz na frente. Temos camisa, temos história, temos tradição. Nós somos o Santos Futebol Clube! Eles tem que temer a nossa presença, na Vila, no Paraguai ou aonde quer que seja e não o contrário. Com time titular, ou mesmo com o time inteiro de reservas temos a obrigação histórica de vencer! E digo mais, o Santos só pode perder este jogo de quinta para o próprio Santos. Para o nervosismo, para a ansiedade, para a falta de confiança e acima de tudo para a desatenção, como foi no empate em 1×1 contra os mesmos na Vila. É hora de trabalhar a mente, porque dentro de campo somos superiores mesmo com os desfalques.


No mais, com a cabeça no lugar e sem dar bola para as declarações extra campo de “jornalistas” irresponsáveis, não existe a possibilidade remota de perdermos. Só depende de nós, e nós somos o SANTOS FUTEBOL CLUBE, nunca esqueçam disso! Pra cima deles!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Não vá à Vila!

Pouco mais de 24 horas antes do jogo mais importante do ano para o nosso Santos, venho aqui não dar um conselho (mesmo porque não sou ninguém para tal), mas sim deixar uma reflexão para os que pretendem estar amanhã no jogo contra o Colo Colo:


Se você acha que o Santos tem poucas chances de classificação, não vá à Vila;


Se você for chamar o Ganso de "mercenário", não vá à Vila;


Se você for xingar o Neymar a cada drible que ele tentar e não der certo, não vá à Vila;


Se você for para reclamar da lentidão do time ou da fragilidade da nossa zaga, não vá à Vila;


Se você é daqueles que fica pendurado no alambrado chamando o Martellote de "burro", não vá à Vila;


Amanhã mais do que nunca o time precisa de cada um de nós. Do nosso grito de apoio, da força da arquibancada, da nossa confiança.


Temos que acreditar na Vila, precisamos aprender a usar o nosso estádio a nosso favor.


Fazer fila e esgotar os ingressos em uma final contra o Vitória (com todo respeito ao time bahiano) é fácil, bater palmas dando goleada qualquer um faz. É na adversidade que o time precisa do torcedor, e é na adversidade e na desconfiança que as vitórias são muito mais saborosas e inesquecíveis.


Você não queria que o time tivesse disputando uma Libertadores? Você não torceu o ano passado inteiro para que isso acontecesse? Pois é, chegou a hora. Chegou o nosso momento. Haja como um torcedor de Libertadores e nós sairemos vencedores, porque não há time melhor e mais talentoso que o nosso. Se você duvida dessa afirmação, de novo eu peço, não vá à Vila Belmiro amanhã.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O que mais irrita

O que mais irrita não são os gols perdidos, os passes errados, as substituições equivocadas.

Não é o tempo feio, a garoa, as vezes transformada em chuva forte...


O que mais irrita não são os R$ 50,00 pagos pelo ingresso (R$ 100,00 se eu não fosse sócio).

Não é a Imigrantes fechada para voltar para casa, os caminhões que insistem em andar pela esquerda na Anchieta,

as piadinhas e os comentários descabidos no Terceiro Tempo da Band uma e pouco da madrugada.


O que mais irrita não é o dia seguinte no trabalho,

a tiração de sarro, a falação dos torcedores rivais.


O que mais irrita não são os erros do juíz.

Os erros dos nossos jogadores.

Um penalti, uma falha nos últimos segundos do jogo.


O que mais irrita é ouvir a cornetagem da nossa própria torcida.

A falta de confiança. O descrédito. O desdenho daqueles que até o ano passado se gabavam de torcer para "o melhor time do Brasil".


O time é o mesmo. O time não mudou. É o Santos porra!


O que precisa mudar é a atitude de uns e outros "torcedores", mesmo porque torcer quando o time dá show e vence todos os jogos de goleada é MUITO fácil.


A confiança tem que ser passada agora. O apoio tem que ser sentido quando o gol não sai. Quando a bola insiste em não entrar. Quando o time não joga tão bem e não dá espetáculo.

Erros e problemas todos os times têm e cometem. O que difere nessas horas é a atitude que vem da arquibancada.


E que venha o jogo do Chile. Pra cima deles, sempre!



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Futebol, um esporte surpreendente...

Senhores, senhoras, amantes do esporte bretão em geral,


é por jogos como o de ontem que, na minha humilde opinião, o futebol se faz tão interessante e emocionante. É sem dúvidas o esporte mais surpreendente do mundo.


De um lado o melhor time do Brasil desde o ano passado, o Santos, ainda invicto este ano, tanto em competições nacionais como internacionais. Um time badalado, um time que vive na mídia, acostumado a vitórias, a títulos (só no ano passado, ano de centenário de nosso adversário, diga-se de passagem, conquistamos 2 dos 3 disputados!). Enfim, um time que qualquer jogador no mundo sonha em jogar.


Do outro lado, um amontoado de jogadores, um time em constante crise, tenso. Um time recém promovido da série B, que protagonizou há poucos dias atrás uma das maiores vergonhas do futebol nacional quando foi eliminado ainda na pré libertadores pelo Tolima (quem?) (fato este que nem seus co-irmãos de série B, Goiás e Paraná, conseguiram).


Enfim, o que se esperar de um jogo deste? Um massacre do time grande sobre o pequeno. Mas não é que ao final do jogo, para nossa surpresa, vimos exatamente o inverso?


Sim, temos que reconhecer que, por incrível que pareça, o adversário foi bem superior. Nós santistas, não temos nenhum problema em assumir nossas derrotas e nossas falhas. E por quê? Simplesmente porque somos acostumados com a vitória desde sempre. Está em nosso DNA. Aliás, fica a dica para nosso adversário de ontem. Perder, mesmo de um time menor, faz parte do futebol. É parte do jogo. Quando nós perdemos nós não perseguimos jogadores, não destruímos os carros de nossos ídolos, não atacamos o ônibus de nossa delegação com paus e pedras, longe disso. A maior virtude de um campeão é saber perder, e tem dias, repito, mesmo contra um time menor, que vamos perder, fazer o quê?


Aliás, nada soou mais falso e ingrato que aquela homenagem ao Ronaldo. Depois de bradarem aos quatro cantos palavras de ódio ao "ídolo" os auto-intiulados "fiéis" fazem aquele "oba-oba" para o coitado do rapaz? O único cara que conseguiu mais ou menos levar o nome do time para o exterior depois de perseguido é homenageado? É realmente um mar de incoerência cercando uma ilhota de fidelidade.


Enfim, ficam os meus parabéns pela vitória e o "até logo" para as semifinais, afinal de contas o Tolima não disputa o paulistão, com certeza entre os oito vocês se classificarão.


Valeu!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

0 hrs e 9 minutos do dia 3 de fevereiro de 2011.

Uma sala qualquer, na zona leste paulistana, ouve-se o seguinte diálogo:

– Papai, porque você está chorando?

– Não to chorando filho, é que to com alguma coisa no meu olho.

– Ah tá... Então, quando é o próximo jogo do Timão na Libertadores? Agora é no Pacaembú, né? Dá pra gente ir.

– Filho, não tem mais jogo na Libertadores, o Corinthians foi eliminado.

– Hã? Como assim? A Libertadores nem começou e a gente já foi eliminado?

– É filho, é que na verdade a gente tava jogando a Pré-Libertadores, o tipo de uma repescagem, para os times que não conseguiram se classificar diretamente.

– E quer dizer que a gente foi eliminado por um time que não conseguiu se classificar diretamente disputando o campeonato colombiano? Esse time é da Colombia, né pai? Eu nunca tinha ouvido falar...

– É filho, mas deixa isso prá lá... Você não ouviu o Ronaldo na entrevista? O campo deles é horrível, o gramado muito ruim, não dá...

– Mas o campo é deles, né?

– É, por quê?

– Por que todo mundo tem estádio e a gente não pai?

– A filho ...

– E por que a gente não conseguiu se classificar diretamente pra Libertadores?

– Porque terminamos o brasileirão em terceiro o ano passado. Empatamos com o Goiás na última rodada e...

– O Goiás? Aquele time que foi rebaixado?

– É filho, mas não é porque eles foram rebaixados que são um time ruim, a gente já foi rebaixado e somos o Timão!

– Fomos rebaixados na Libertadores?

– Não filho, no Brasileirão. Mas isso também não vem ao caso. Não vamos falar mais de coisas ruins, vamos falar das coisas boas do nosso Timão! Sabia que a gente já deu de 7 no Santos, esse time que você adora falar?

– Na Libertadores?

– Não, no...

– Mas o que isso tem a ver?

– Como assim?

– Papai você me prometeu que no centenário o Corinthians ia ganhar tudo, a gente não ganhou nada, aí você disse que quando o Ronaldo voltasse a jogar ninguém ia segurar a gente, que íamos ganhar a Libertadores, ele jogou hoje, não jogou?

– Jogou, quer dizer ... entou em campo, mas ... sabia que ele fez um golaço numa final contra o Santos? Encobriu o goleiro deles e ...

– Final da Libertadores?

– Não filho, do Paulista, nós somos o time que mais tem títulos paulista, sabia?

– E Libertadores?

– Não filho, Libertadores não temos nenhuma, mas...

– Mas o que pai? Você ta ficando vermelho, ta nervoso?

– Não filho, não to nervoso, mas amanhã vamos acordar bem cedo e antes de você ir para escola vamos passar no barbeiro e cortar esse seu cabelo de moicano ridículo!

– Mas pai, é igual ao do Neymar, eu gosto do Neymar, ele é o melhor jogador do ...

– Chega filho, vai dormir agora! E você está de castigo, proibido de ver os jogos do Santos!