segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Triste fim de Rogéria

E que moça linda e inteligente era Rogéria!


Moradora do Morumbi, era rica, garbosa, sexy e acima de tudo muito inteligente. Um verdadeiro sucesso. Na faculdade não tinha um jovem que não se deixasse abater por seus encantos.


Capitã de seu time, era a única moça a disputar o famoso campeonato brasileiro de Q.I., chegou, inclusive, a ser campeã sul-americana e mundial.


Tinha na sua inteligência um grande diferencial. Era um sucesso incontestável, mas, cá pra nós, era só abrir a boca para botar tudo a perder.


A soberba e o ego de Rogéria a tornavam insuportável. Só a aturavam em sua própria casa.


Seus pais e seus familiares sempre a defendiam. Chegavam a fazer coro nos campeonatos gritando que Rogéria era a mulher mais bonita e inteligente do Brasil.


E o pior de tudo é que Rogéria realmente acreditava nesta mentira.


Pobre ilusão. Nada fazia com que Rogéria perdesse a compostura, até que ....


Vindos de Santos, um grupo de jovens meninos começou a despontar nos campeonatos que Rogéria sempre ganhava, e aquilo foi deixando a menina insatisfeita. Afinal de contas, para Rogéria, era um absurdo alguém aparecer mais que ela, ainda mais um grupo de meninos novos, meninos que começavam a encantar não só os seus familiares, mas também o Brasil e o mundo, coisa que a pobre Rogéria nunca conseguiu.


O grande defeito de Rogéria era não saber perder, e, para seu grande azar, ela atingiu a marca de ser a atleta com o maior número de derrotas para este grupo de jovens santistas.


A cada derrota, Rogéria sem perceber a maldade dos repórteres que a entrevistavam, dizia absurdos e era motivo de piadas no dia seguinte as disputas.


Pobre Rogéria... Enlouqueceu no fim de sua vida. Tinha tudo para virar um mito mundial, mas a falta de humildade fez com que ela fosse lembrada apenas por seus familiares.


Que esta pequena história sirva de exemplo para atletas do Brasil inteiro. Inclusive aqueles que já ganharam tudo em suas carreiras, mas que ainda não conquistaram o maior de todos os títulos: a humildade e o respeito pelo adversário. Saber perder e reconhecer a superioridade do adversário em uma derrota é o maior título que um atleta profissional pode conquistar.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sozinho em uma noite chuvosa.

Noite, chuva e solidão.


Com o vento a incerteza.

Os pingos que caem do céu me sufocam

e eu não quero mais ficar aqui.


22 horas, 43 minutos.

Ir pra onde? Em que direção?

Estou preso apesar de todas as portas estarem abertas.

Essa é a minha realidade e ela é tudo o que eu tenho.


A realidade é impiedosa.

Maltrata, castiga e corrói.

Expurga a esperança.

Dói.


Mas o que é real?

A saudade com certeza é.

Ela é a única a vencer a noite e a sair de braços dados com a solidão por essa chuva.


A saudade é simples e torna minha realidade complexa.

É mais forte do que eu.

É mais forte que tudo em todos.


É o que eu sinto. É com quem eu convivo.

Vivo + Só = Sobrevivo.


Sinto. Lembro.


Mas ainda é noite.

Ainda chove.

E eu ainda estou sozinho.