quarta-feira, 11 de abril de 2012

Há 100 anos, o mesmo raio.....


Naquele domingo, a cidade de Santos foi marcada e eternizada por um raio. Um raio único e diferente. Um raio com o poder de criar, e não de destruir. Um raio enviado diretamente pelos deuses, já que o céu se mostrava limpo naquele início de tarde do dia 14 de abril de 1912.

O estrondo assustou aqueles que almoçavam na cidade litorânea. Os relógios marcavam 14 horas. Foi um barulho potente, e denso. Talvez o raio de maior intensidade que já caíra em todo o litoral paulista. Talvez em todo o Brasil. Quiçá, em todo o mundo.

Por que a cidade de Santos havia sido a escolhida? Por que não uma cidade grande ou uma grande capital mundial? Por que temos sempre que buscar explicações nos presentes divinos? Santos foi a escolhida, cabia (e cabe) apenas agradecermos aos céus por este bendito raio.

Da fundação no antigo Clube Concórdia, até os dias de hoje, passaram-se exatos 100 anos. Cem anos que foram eternos, brilhantes e inesquecíveis. Cem anos que fizeram com que os olhos esportivos do mundo brilhassem e se emocionassem a cada nova façanha realizada pelo Santos Futebol Clube. Um clube abençoado. Um clube predestinado a ser emblemático e único, assim como o raio que o fizera nascer.

Depois deste primeiro e mais potente, muitos outros raios continuaram a cair, de tempos em tempos, na cidade de Santos. Tornaram-se, por mais incrível que possa parecer, constantes. Principalmente nas proximidades da Rua Princesa Isabel, s/nº. Estes raios foram responsáveis diretos por trazer, com eles, estrelas. Estrelas da mais alta grandeza. Eram, sim, as mais brilhantes e mais belas. Estrelas que, juntas, formaram constelações, que, no sagrado gramado de Vila Belmiro, refletiram sua luz para todos os outros gramados do mundo.

Houve, sim, momentos de tempestade. De angústia, de tristeza e de dor. Muitas vezes as nuvens adversárias e carregadas de inveja tentaram cobrir o nosso céu, ofuscar o brilho de nossas estrelas, entorpecer e dificultar a visão do mundo para nossa beleza sublime. Certas vezes até conseguiram; afinal, nada, absolutamente nada, pode ser perfeito. Mas foram períodos mínimos, curtos e pequenos. Períodos esquecidos em meio a esses 100 anos de glória e de arte. De magia e de vitórias. De ousadia e de alegria. Logo estavam de volta os raios, limpando o céu e convertendo o seu azul em um branco e preto maravilhoso. Um branco e preto repleto de cores.

Hoje o mundo do futebol se curva a quem é eterno. A quem é etéreo. A quem fez, faz e fará a história do esporte mais popular do mundo. A quem emociona e encanta. Aos eternos meninos, de 10, 50 e 100 anos. Àqueles que não param de nascer, crescer e nos dar um orgulho de que nem todos podem ter.

Parabéns, Santos Futebol Clube. E muito obrigado por nos tornar meninos para sempre!

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