terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Enfim o final do ano...

E então mais um ano chega ao seu final...


Não existe mês mais festivo que dezembro. Nem no carnaval (salvo, é claro, raríssimas exceções) há tantas festas, eventos e comemorações.


No trabalho o ritmo já cai. Dá preguiça até de levantar para pegar água ou ir no banheiro. Trabalhar então... Todo mundo só fala em confraternização, amigo secreto, festa, churrasco, almoço, happy hour, enfim, se você for a todos os eventos que você é convidado de duas uma: ou você acaba com o seu décimo terceiro ou com o seu fígado. Aliás, o fígado deve odiar as festas de final de ano. Sem dúvida nenhuma é o orgão mais castigado do corpo e ainda assim o coitado só é lembrado no dia seguinte das comemorações, quando você acorda com aquele gosto de corrimão enferrujado na boca.


É no final de ano também que recebemos aqueles maravilhosos emails de boas festas. Geralmente ele é encaminhado por algum amigo do seu pai que aprendeu a pouco tempo a navegar na internet, e para mostrar destreza no mundo virtual, ele faz questão de mandar aquele arquivo de "ppt" enorme, pesado, que trava o seu computador ou mostra imagens lindas de neve caindo, de renas, duendes e um papai noel mal desenhado cantando uma música natalina. Quem também gosta de enviar esse tipo de email é aquela pessoa que você passou o ano inteiro sem manter nenhum tipo de contato, mas nessa época ela faz questão de falar sobre as "esperanças renovadas", sobre o "amor", a "compaixão", o "renascimento" e todas esses temas super originais.


E não podíamos deixar de falar na maior "rede de extorção perimtida" que se tem notícia no Brasil. É o momento único aonde profissionais como porteiros, zeladores, entregadores de jornal, carteiros, lixeiros, balconistas de padaria e mais uma infinidade de trabalhadores formais se aproveitam da sua bondade e do seu "espiríto natalino" e cobram de você por serviços que você pagou o ano todo para serem feitos. É só uma ajudinha, assim como é só uma ajudinha que pedem os orfanatos, as creches e todas as outras ONGs que não cansam de ligar e mandar cartinhas como se você fosse o Papai Noel em pessoa.


É por essas e por outras que eu considero o final de ano como uma época única, diferente de todas as outras, um período em que nós prometemos muita coisa e não cumprimos praticamente nada, em que bebemos e comemos em quantidades industriais mas que apesar dos pesares eu ainda gosto muito.

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