segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mais uma fábula sobre o Reino Abençoado

E chegou o dia da coroação. Depois de alguns anos vivendo nas sombras, em meio a um terrível inverno, onde as únicas glórias haviam sido conquistadas por bravas guerreiras, o Reino Abençoado enfim renasceu. 


A mudança começou logo no início do ano quando seus súditos depuseram o antigo rei e organizaram uma grande revolução. Ali, os primeiros sinais de renovação foram dados. O Reino voltava à suas origens. Buscava dentro de seus campos de batalhas jovens guerreiros e não aceitava mais mercenários, vindos sabe Deus de onde, para lutar por dinheiro pela sua bandeira. Não, ali não havia mais espaço para isso. Um antigo Messias, injustiçado anos atrás voltava ao Reino trazendo consigo a promessa de vitórias. Junto dele o novo Rei conseguiu a volta de um grande guerreiro que até então vivia em crise no antigo continente. Esse guerreiro havia saído do Reino de uma maneira não muito digna e voltava para se retratar. Voltava para reviver os dias de glória que ele mesmo ajudou a conquistar anos atrás.


A tradição de também revelar heróis foi retomada. E como aqueles solos eram abençoados. Mais uma leva, ainda encarada com desconfiança e como promesssa, tomava a frente das batalhas. E que batalhas! Épicas, no sentido mais literal da palavra.


Os meninos guerreiros, chefiados por um comandante audaz não tomavam conhecimento de seus adverários. Arrasavam, lutavam com garra, com força, com fé. Mesmo as batalhas contra grandes reinos eram vencidas de forma única. Ímpar. Todos os impérios iam caindo, um a um diante dos meninos guerreiros. 


Alguns invejosos e pérfidos adversários começaram a falar de soberba. Criticavam. Era o desespero que se mostrava cada vez mais nítido no rosto de todos que enfrentavam uma batalha contra o Reino Abençoado. Enquanto isso o mundo se admirava e aplaudia de pé a força desses jovens heróis. Os meninos, vistos antes como meras promessas, passaram a mostrar todo o seu valor. Era impossível não assisti-los. Todos se rendiam a sua classe, habilidade, força e alegria. Lutavam e encantavam, e acima de tudo venciam.


Enfim, a batalha final chegou. Todos davam como certa a vitória dos jovens guerreiros. Mas ali, naquele Reino, nada era fácil. Duas batalhas para definir a conquista de uma guerra. Duas batalhas para coroar uma sequência incrível de vitórias, de números e estatísticas impressionantes.


Muito mais que guerreiros, os meninos se tornaram homens. Fizeram e resgataram a história de glórias do Reino Abençoado e mais uma vez venceram. Muitas baixas, muito sofrimento e dor, mas o destino de bravos heróis não poderia ser outro. A justiça se fez com os melhores. Com os puros de coração. Com os que preferiram lutar ao invés de falar. No final, mais uma vez o bem venceu. A arte e a magia das lutas foi coroada com a vitória. Com o título. Digam o que quiserem. Os meninos hoje são homens. São os melhores do Estado. 


E no alambrado do campo de batalha do Pacaembú as lágrimas escorreram mais uma vez de alegria. De orgulho. De agradecimento por fazer parte desse Abençoado Reino. Muito mais do que campeões, ontem ficou provado que somos grandes guerreiros, vencedores e estamos preparados para qualquer batalha. 


Aos dois dias de maio, do ano de 2010, o Reino Abençoado voltou a ser o melhor. Voltou a ser o campeão!



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