segunda-feira, 30 de novembro de 2009

27/11/2009 - For Those About Rock... We Salute You!!!

"As drogas conservam".... essa frase foi dita em uma festa, em tom de brincadeira, pela mãe de um grande amigo meu ao falar sobre alguns artistas de idade avançada que mostram uma energia enorme no palco. Sexta feira, ao ver a apresentação do Ac/Dc no Morumbi essa frase me veio novamente a cabeça depois de ser testemunha de toda energia emanada por Angus Young e seus companheiros de banda.


Eu não tinha a menor dúvida que o show do Ac/Dc seria um dos melhores do ano, e por isso mesmo corri muito para conseguir descolar um ingresso. Depois de anunciada toda a estrutura que a banda traria ao Brasil na sua turnê eu esperava um show no mínimo épico no Morumbi. E foi realmente isso que aconteceu.


Claro que nós reclamamos do preço dos ingressos, da dificuldade de compra, da falta de sensibilidade da organização ao marcar um evento desse porte em um local que ainda tem um difícil acesso, (ainda mais numa sexta feira chuvosa em São Paulo) mas claro também que não deixamos de ir, ainda mais por ser tratar do show de uma instituição do rock mundial. Definitivamente o Ac/Dc supera toda e qualquer expectativa e vale qualquer sacrifício por parte de quem curte rock.


Confesso que cheguei e parei o carro com relativa facilidade nas redondezas do estádio apesar de ter saído um pouco depois do horário planejado devido ao trabalho. Sem problemas, a chuva tinha parado e junto de alguns amigos arrumei um excelente local, ainda que na arquibancada , para ver o show. Algumas cervejas depois começa o show do Nazi. Ele até que empolgou boa parte do pessoal tocando alguns clássicos do rock como Stooges, Raul Seixas, Plebe Rude, mas o que todo mundo ali queria mesmo era ver o Ac/Dc.


Depois de uma grande expectativa, de um vídeo maravilhoso de abertura e de uma locomotiva literalmente invadir o palco ouvimos os riffs de "Rock n Roll Train" com uma pontualidade britânica, em resposta à aqueles que apostavam em um atraso da banda. Depois disso fica difícil relatar o que aconteceu. A voz "esganiçada" de Brian Johnson é única, bem como o que Angus faz com a guitarra. Ele corre, salta, deita, pula e faz até "strip tease", tudo isso tocando muito. É incrível a energia que o Ac/Dc demonstra como um todo. A sintonia que os caras tem com o público também é indescritível. 


É difícil para uma banda com mais de trinta e cinco anos de carreira tocar todos os seus clássicos. Faltaram algumas músicas, em compensação "Back in Black", "Thunderstruck", "The Jack", "Hells Bells", "Highway to Hell" entre outras valeram cada gota de suor derramada atrás dos quase inacessíveis ingressos, bem como cada centavo pago por eles.


Se as drogas conservam realmente eu não sei. Nem ao menos se Brian, Angus, Malcom, Cliff e Phill se utilizam de alguma substância ilícita. Mas o que posso dizer é que se passaram dezesseis anos desde a última vez que a banda esteve aqui no Brasil e eu pude vê-los ao vivo, e a impressão que tive na última sexta feira depois do show é que só eu envelheci. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário