segunda-feira, 27 de junho de 2011

Carta aberta ao Santos Futebol Clube

Depois de tanto tempo eu, ainda emocionado, queria agradecer (em público) ao Santos Futebol Clube e a sua maravilhosa torcida por me proporcionarem uma noite histórica.


Em todos os meus 70 anos de vida (quase 71), eu NUNCA tinha visto uma festa tão bonita e vivido uma emoção tão forte, pura e sincera quanto a de ontem. Nem na despedida do Ronaldo há alguns dias atrás, ou na Copa do Mundo de 1950 eu vi algo parecido, e olha que na Copa de 1950 eu vi 6 jogos, inclusive um empate do Brasil.

Você pode estar achando exagero da minha parte, mas eu estou muito acostumado a decisões. Libertadores mesmo, foram 3! Em 1961, quando esse mesmo Peñarol venceu o Palmeiras, depois em 1968 quando novamente o Palmeiras perdeu para o Estudiantes da Argentina e a última vez tinha sido em 2002, quando o São Caetano perdeu um título certo para o Olímpia do Paraguai. Eu andava envergonhado pelos times brasileiros em torneios internacionais, confesso. Mesmo porque, quem eu mais vejo jogar por aqui é um time que não me inspira a menor confiança. Coitados. O título mais importante deles que eu vi foi um acesso da série B do Brasileiro para a série A (se é que isso pode ser chamado de “título” e de “importante”).


Enfim, quis o destino que eu fosse o escolhido para presenciar a épica partida de ontem. O time do Santos, por si só, já me traz confiança, alegria, é o maior representante do futebol brasileiro, sempre foi e sempre será! Eu já vi cada espetáculo proporcionado por essa camisa que fica até difícil escolher qual foi o jogo mais bonito, mas isso vale até o dia de ontem. Desde aquele título “perdido” em 1995 para o sr. Márcio Rezende de Freitas eu queria e torcia muito para ver o Santos enfim vencer um título marcante na sua rica história. (Não vamos falar dos paulistas, isso eu tenho visto sempre).


O “mar branco” que eu presenciei ontem com certeza entrou para a minha história. Vai ser difícil alguma outra agremiação proporcionar uma alegria tão grande para mim. Só mesmo o time do rei do futebol, da rainha e maior revelador de craques do mundo poderia me proporcionar algo sim. O meu primeiro título internacional, e logo de cara, uma Libertadores da América.


Muito obrigado Santos Futebol Clube. Agora sim, mais do que nunca, entrei para a história mundial do futebol.


Assinado: Estádio do Pacaembu.




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